A edição de novembro/dezembro do Jornal
Correio Fraterno aborda muito bem os atuais desafios no que tange à edição e à comercialização do livro espírita.
Inicialmente, com uma excelente entrevista
com o escritor Richard Simonetti com o tema “Um retrato do mercado editorial
espírita”. Em seguida, com dois textos bem elucidativos, um do pesquisador Jáder
Sampaio, no qual analisa o livro espírita no que diz respeito aos tablets,
downloads e pirataria e outro texto do trabalhador da USE-SP, Marco Milani, com
o tema “O leitor iniciante sabe discernir o que é um bom livro?”.
A leitura dos
textos é imprescindível para os trabalhadores espíritas, especialmente para os
dirigentes e livreiros. Os dois primeiros estão disponíveis para leitura no
site nos links http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/14/1097-um-retrato-do-mercado-editorial-espirita
e http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/103/1100-livros-tablets-downloads-e-pirataria-uma-conversa-necessaria
Confira um trecho da entrevista
com Simonetti:
CF - Como
está o mercado do livro?
RS - Há um problema sério: a concorrência. Há muita
gente escrevendo, muitas editoras produzindo livros espíritas, não raro sem
qualidade, sem conteúdo doutrinário. Médiuns psicografam algumas mensagens e
entendem que devem ser publicadas, confundindo exercícios de psicografia com
material para um livro.
CF – Em sua
opinião qual o maior desafio do mercado editorial espírita?
RS – Sustentar a pureza doutrinária. Depois que
Chico Xavier desencarnou “soltaram a tampa da revelação”. Médiuns transmitem
fantasia sobre a vida espiritual, situando-as como desdobramentos do
conhecimento espírita. Livros assim vendem bem, fazem mal ao movimento.
CF – Por que
o senhor acha que vendem tanto esses livros? É o pessoal que não sabe escolher
ou é o que se está oferecendo a eles?
RS – Falta de cultura doutrinária. Gostam de
fantasia, principalmente quando romanceada. Aceita-se tudo sem a pergunta
essencial: é compatível com a doutrina?
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