quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Jornal Correio Fraterno discute a produção e a comercialização do livro espírita



A edição de novembro/dezembro do Jornal Correio Fraterno aborda muito bem os atuais desafios no que tange à edição e à comercialização do livro espírita. 

Inicialmente, com uma excelente entrevista com o escritor Richard Simonetti com o tema “Um retrato do mercado editorial espírita”. Em seguida, com dois textos bem elucidativos, um do pesquisador Jáder Sampaio, no qual analisa o livro espírita no que diz respeito aos tablets, downloads e pirataria e outro texto do trabalhador da USE-SP, Marco Milani, com o tema “O leitor iniciante sabe discernir o que é um bom livro?”. 

A leitura dos textos é imprescindível para os trabalhadores espíritas, especialmente para os dirigentes e livreiros. Os dois primeiros estão disponíveis para leitura no site nos links http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/14/1097-um-retrato-do-mercado-editorial-espirita e http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/103/1100-livros-tablets-downloads-e-pirataria-uma-conversa-necessaria

Confira um trecho da entrevista com Simonetti:

CF - Como está o mercado do livro?
RS - Há um problema sério: a concorrência. Há muita gente escrevendo, muitas editoras produzindo livros espíritas, não raro sem qualidade, sem conteúdo doutrinário. Médiuns psicografam algumas mensagens e entendem que devem ser publicadas, confundindo exercícios de psicografia com material para um livro.

CF – Em sua opinião qual o maior desafio do mercado editorial espírita?
RS – Sustentar a pureza doutrinária. Depois que Chico Xavier desencarnou “soltaram a tampa da revelação”. Médiuns transmitem fantasia sobre a vida espiritual, situando-as como desdobramentos do conhecimento espírita. Livros assim vendem bem, fazem mal ao movimento.

CF – Por que o senhor acha que vendem tanto esses livros? É o pessoal que não sabe escolher ou é o que se está oferecendo a eles?
RS – Falta de cultura doutrinária. Gostam de fantasia, principalmente quando romanceada. Aceita-se tudo sem a pergunta essencial: é compatível com a doutrina?